Mãezite crónica...

[winnie]

Olá Dra.
Hoje escrevo-lhe por causa do meu filho Guilherme. Ele fez 4 anos em Janeiro.
Desde que nasceu que está comigo. Quando fez 1 ano eu comecei a trabalhar como ama,
tenho um centro de actividades infantis e ele convive diariamente com crianças da idade dele
uma turma que se mantém igual durante todo o ano e tenho uma empregada que me ajuda diariamente.
Acontece, e isto considero normal, que este está muito agarrado a mim. Tem uma mana com 1 ano e reagiu maravilhosamente bem à sua chegada.
Mas nos últimos meses passou a ser muito inseguro, eu diria que a partir de Setembro, e nada se alterou na nossa rotina.
Tem pavor que eu o deixe em algum lado e não o vá buscar... Nunca se passou absolutamente nada deste género para ele sentir esta insegurança...
Achei que ele precisava de alguma actividade em que não estivesse sob as minhas ordens e inscrevi-o na natação... A partir daqui foi a desgraça total...
Nunca se adaptou, chorava a aula inteira e perguntava o tempo todo ao professor se eu o ia buscar... Desisti este mês... Era um drama para ele e para mim... Desde então que passou a ser tão inseguro em relação a mim... Antes disto tudo ia com os meus pais e padrinhos passear fins de semana inteiros... agora nem pensar... E todo o tempo em que não estou presente pergunta à auxiliar se eu o vou buscar... Repete as mesmas perguntas um milhão de vezes com intervalos apenas de segundos...
Isto pode ser normal? É só uma fase? Tenho investido toda a minha intuição para lhe transmitir segurança mas não sei mais que fazer...
Pode ajudar-me?

[winnie]

eu pensava que essa questão da angustia da separação só se aplicava aos bebes.
mas já estou a ver que se dá em várias idades, depois da sua resposta andei a investigar e já vi que há muitos meninos que sofrem dessa angustia
quando vão para a escolinha. ao guilherme essa fase está a dar-se agora.
a questão da mana também faz sentido, embora ele nunca tenha demonstrado qualquer ciume em relação a ela a verdade é que nos ultimos meses
ele chama-nos mais a atenção, precisa realmente de vigilancia constante e já dei muitas vezes por ele a olhar e a querer participar, quer fazer
aquilo que nós fazemos.
De resto encontrei tb algumas sugestões para os pais lidarem com essa angustia e não foge em nada ao que tenho feito.
resta-me esperar que o "sofrimento" passe depressa e que se sinta seguro, nada paga esse sentimento.
obrigada!